BEATIFICAÇÃO
DE MONSENHOR ROMERO, 23 DE MAIO DE 2015
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[A tradução
é de André Langer.]
Bispos
panamenhos que estão em Roma, para uma visita de cortesia ao Papa Francisco
para agradecer-lhe a escolha do Panamá para a Jornada Mundial da Juventude
2019, propuseram o Beato Óscar A. Romero como padroeiro do encontro trienal
católico. O Arcebispo José Domingo Ulloa, do Panamá, declarou aos
jornalistas no dia 03 de agosto que o Beato Romero é um modelo para os
pastores, um pastor que esteve perto do seu povo e que deu sua vida pelos
outros. “Creio que a figura de Romero
sempre está presente como um modelo que todos devemos seguir como cristãos,
sendo alguém que esteve perto dos outros, capaz de denunciar (a injustiça) e
anunciar (o Evangelho)”, disse.
O Cardeal
panamenho José Luis Lacunza disse ao jornal do Vaticano que Romero é uma “referência
espiritual” para o evento. “O central,
neste momento, é dom Romero, que foi beatificado no ano passado”, disse o
cardeal Lacunza. “Ele tinha uma linha
pastoral em defesa dos mais necessitados e dos excluídos, assim como o Papa
Francisco. Era um homem, um pastor, que na vida defendeu os direitos dos mais
pobres e a liberdade de todas as pessoas, apesar da opressão de um governo
militar e ditatorial. Creio que isto também dará voz aos problemas sociais que
ainda persistem em alguns países da América Central”.
O Bispo
Manuel Ochogavia Barahona disse ao Catholic News Service que os
centro-americanos “têm um grande carinho”
pelo arcebispo salvadorenho e que segue sendo um símbolo de esperança para “todos os povos da América Latina”.
Ochogavia disse que ele e seus bispos companheiros estavam participando de
reuniões iniciais organizativas com o Pontifício Conselho para os Leigos e que
os temas e os padroeiros do evento serão decididos pelo Papa Francisco “nos próximos meses”.
Apesar destas
disposições, os panamenhos fizeram lobby pelo Beato Romero, apresentando sua
proposta de fazer de Romero o padroeiro da JMJ 2019 em vários meios de
comunicação. O arcebispo Ulloa disse à Rádio Vaticano que a escolha do Panamá para o evento foi um bálsamo para
toda a América Central e a América Latina e que encomendava o sucesso do evento
ao Beato Romero e à Santa Maria a Antiga, padroeira do Panamá.
Os bispos
panamenhos apoiaram publicamente a causa da canonização de Romero. Em outubro
de 2012, o arcebispo Ulloa fez a bênção de um busto de Romero na orla marítima
do Panamá, um dos lugares que está sendo cogitado para acolher os eventos da
JMJ. O cardeal Lacunza disse palavras convincentes em honra de Romero em San
Salvador em março de 2015. O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, foi um
dos presidentes latino-americanos que participou da beatificação no ano
passado.
Por outro lado,
a campanha por Romero pode fazer parte da estratégia regional para levar a JMJ
ao istmo. O Panamá obteve o apoio de todos os bispos da América Central,
ajudando-o a superar a Coreia do Sul pela honra de acolher o evento. Os outros
governos centro-americanos também apoiaram a campanha do Panamá, com a promessa
de que toda a região se beneficiaria da escolha do Panamá para o evento.
A escolha do
Panamá foi anunciada pelo Papa Francisco no final da JMJ 2016 em Cracóvia,
Polônia, no último final de semana. O Papa tradicionalmente participa do
evento.
A Igreja
panamenha programou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira no aeroporto
do Panamá quando os bispos retornam da sua viagem a Roma.
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